Em mais de
cem dias vimos uma sucessão de erros de todos os agentes diretamente
envolvidos. O principal agente causador foi o governo federal, uma vez que
todos temos conhecimento do descaso com o funcionalismo público, principalmente
quanto ao reajuste salarial. Destaque para a palavra “reajuste”, uma simples
operação administrativa com o objetivo de não defasar os salários em razão da
inflação.
O governo
Dilma, há algum tempo e principalmente nesse período nebuloso de nossa vivência
acadêmica, ao não negociar efetivamente com o, importante e necessário, movimento
grevista desrespeita a todos nós: professores, alunos, eleitores e população em
geral. Já que a presidente vai de encontro à inteligência dos cidadãos e a
tudo que defendia em sua campanha.
Entretanto,
infelizmente, os outros envolvidos não lidaram de forma proativa e efetiva diante
dos erros governamentais. Os professores, que sofreram diante do foco ínfimo e
errado da grande mídia, não se manifestaram de maneira a alcançar grandes
resultados e ainda não estabeleceram uma conexão direta e eficaz com os alunos,
grandes interessados nas consequências do todo. Cabe ressaltar ainda a apatia
da maioria dos acadêmicos.
O saldo da greve é público: tempo improdutivo dos alunos; atrasos no
calendário acadêmico e na formatura; e, principalmente, o não atendimento das
reivindicações dos professores. Infelizmente essa sucessão de erros tem seus
efeitos e devemos lidar da melhor forma possível com eles a partir de agora,
porém devemos buscar analisar o ocorrido para que futuramente, estando em
quaisquer das posições, possamos agir de uma forma melhor.
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