O que comprar com R$ 150? Essa é a pergunta que os 315 universitários da UFMT, que recebem o auxílio alimentação em Barra do Garças, fazem quando se deparam com as prateleiras do supermercado. Para tentar respondê-la, o jornal Info Campus acompanhou o estudante de Educação Física, Diego Augusto Nunes, ao supermercado e conferiu como ele “se vira”. Diego, natural de Rondonópolis-MT, mudou- se para Barra do Garças somente para estudar e recebe o auxílio alimentação desde março deste ano.
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| Preço alto dos alimentos preocupa estudantes |
A partir de um levantamento realizado nos supermercados de Barra do Garças o Info Campus constatou que se Diego se alimentasse com a cesta básica, que custa em torno de cinquenta reais e que contém arroz, feijão, macarrão, sal, açúcar, fubá, extrato de tomate, óleo de soja, café, sabonete, creme dental, papel higiênico, biscoito e algum doce (Ex. goiabada ou marmelada), excluindo a carne, frutas, verduras e legumes, o dinheiro do auxílio seria suficiente para se manter.
Mas Diego mora em uma república com mais seis estudantes, e todo mês contribui com 100 reais para a compra de alimentos. Como o seu curso é integral (tem aulas de manhã, tarde e noite) e atua como monitor voluntário de anatomia humana e voleibol, o estudante fica a maior parte do dia na faculdade. Alguns dias na semana não tem tempo, entre uma atividade e outra, de ir para casa almoçar, e é com um salgado comprado na cantina do Campus que ele mata a fome do meio dia.
Além da contribuição na casa e da conta na cantina, Diego compra outros itens, como leite e pão, com o dinheiro do auxílio. Ele afirma que seus gastos vão além do valor da bolsa, “para mim, esse auxílio deveria ser de R$360, pois daria pra comprar frutas, verduras e legumes e ter uma alimentação mais balanceada” diz. Segundo Diego, quando o restaurante universitário começar a funcionar, o valor do auxílio deverá ter um abatimento de R$ 65, passando a ser de R$ 85. O estudante acredita que tendo a oportunidade de fazer suas refeições no RU terá uma alimentação mais saudável: “Sem dúvida que com o RU eu vou comer melhor, vou ter uma alimentação sistemática e balanceada”. Mas, Diego sabe que nem todos os dias poderá almoçar no restaurante e por isso acredita que os R$ 65 vão fazer falta, principalmente nos
finais de semana.
Texto: Gracielle Soares e Larissa Ferreira
Foto: Graci Sá
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