25 de novembro de 2011

Quantidade ou qualidade? Ambas.

Que Universidade queremos ? Esta é a grande pergunta que nos fazemos ao editar o segundo número do Info Campus.  Após um período de greve de professores e técnicos e outros movimentos reivindicatórios, nos questionamos se a qualidade e a quantidade caminham juntas nesse processo de expansão.
Para quem está estudando, a reflexão é a seguinte: A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) cresceu e ainda cresce e mais jovens tem acesso ao ensino superior.  Disso ninguém pode duvidar. Mas, até onde isso é válido? Será que basta erguer prédios e mais prédios se não há conteúdo para preencher os interiores dessas obras?De que adianta salas e mais salas se não tem professores para lecionar, para que laboratórios se não tem equipamentos para manusear, para que biblioteca se não tem livros? Ao invés de terminar o que já se começou, inicia-se coisas que também não serão terminadas. Aquele famoso dito popular se encaixa bem na situação atual da UFMT “está dando o passo maior que as pernas”.  
Para as lideranças da Universidade, a quantidade não está dissociada da qualidade. Ambos podem caminhar juntos. Como diz nossa reitora: precisamos fazer, para depois melhorar o processo. Não podemos esperar que todos os professores sejam contratados e nem que todos os prédios sejam construídos, para que fazermos a Universidade crescer e democratizarmos o ensino superior.
Mas, será que desta forma, o que chamamos de qualidade de educação, que é tão divulgada pelas instituições públicas, será mantida? Diante disso, a lembrança que fazemos é que a Universidade trabalha com jovens, acadêmicos com sede de conhecimento, carregados de sonhos e utopias de mudar o mundo. Esse grupo de pessoas, não pode ser tratados como estatísticas, como um índice de campanha política, que diz que tantos jovens tem acesso ao ensino superior. A Universidade não pode soterrar seus sonhos.  Aqui eles precisam ser tratados como seres humanos únicos, que precisam sair da Universidade qualificados humanisticamente, eticamente, criticamente e profissionalmente. Vivemos no mundo do capital, da expansão, do desenvolvimento, como nossos reitores dizem e é exatamente para esse mundo que vão os jovens que estamos formando. Para um mundo canibal, em que só os melhores sobrevivem, em que não basta ter o diploma é preciso saber fazer. Por isso, a Universidade tem que dar o melhor a todos que aqui entram, independente se integram a primeira ou quinquagésima turma do curso.

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Equipe do Jornal Info Campus

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