A Coordenação de Articulação com Estudantes (CARE) oferece, na Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Universitário do Araguaia, 518 bolsas e auxílios para os estudantes regularmente matriculados na instituição. Em 2012, estão sendo disponibilizadas 138 bolsas permanência, no valor de R$ 350 ; 315 auxílios alimentação, no valor de R$ 150; e 65 auxílios moradia, no valor de R$ 300.
A expansão da quantidade de bolsas se fortaleceu, nos últimos anos, com o novo processo seletivo para ingressar na UFMT, o Sistema de Seleção Unificada (SISU), por meio do Enem, e a implantação
do programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que resultou no aumento da oferta de cursos e do número de estudantes. Segundo Anna Maria Penalva Mancini, supervisora de Ensino e de Graduação e membro da comissão de avaliação da CARE, em 2003, eram oferecidas aos estudantes do Campus apenas 12 bolsas. Nesse mesmo ano, houve um aumento de seis bolsas e a modificação do nome para bolsa permanência.
O responsável pela CARE no Campus Universitário do Araguaia, professor Maxmilian Brune, afirma que todo aluno pode participar do processo seletivo, desde que possua vulnerabilidade socioeconômica. Brune explica que a finalidade da bolsa é auxiliar o estudante a permanecer na instituição, e incentivar o estudante a produzir conhecimento e vivenciar o espaço da universidade.
O processo de seleção dos bolsistas dessas modalidades de bolsa/auxílio ocorre por meio de edital, o qual determina que o candidato deve preencher um formulário on line para levantamento socioeconômico. A segunda etapa da seleção consiste na apresentação da documentação comprobatória.
O aluno selecionado para ser bolsista permanência deve procurar um professor do Campus para se vincular a um projeto. De acordo com Brune ao vincular-se a um projeto, o bolsista terá a oportunidade de maior experiência acadêmica.
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| O estudante Muryllo Simon cumpre uma jornada de 20 horas semanais no laboratório de jornalismo |
O aluno do 5º semestre de Jornalismo Muryllo Simon, bolsista permanência, vinculado ao projeto do Jornal InfoCampus, reforça a importância financeira da bolsa para os estudantes, em especial para os que migram de outras cidades, como ele: “Apesar do valor (da bolsa) não ser tão alto, ajuda nas despesas necessárias”. Além do apoio financeiro, a oportunidade de vinculação a um projeto acadêmico, destaca Muryllo, proporciona maior vivência acadêmica e contribui para a formação profissional.
Suelene Ananias, técnica em assuntos educacionais do Instituto de Ciências Humanas e Sociais/CUA, foi aluna do curso de Letras na UFMT e bolsista no decorrer de sua graduação. Suelene afirmou que a bolsa auxilia financeiramente e possibilita ao aluno se direcionar profissionalmente.
O estudante pode receber a bolsa e/ou auxílio por até dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois anos, dependendo da condição socioeconômica. Segundo as normas de assistência estudantil, o aluno pode perder a bolsa e/ou auxílio caso não tenha um coeficiente de aproveitamento acima de 85%, em cada semestre ou não faça a renovação da bolsa.
Texto: Celiomar Porfirio Ramos e Welho Duques
Foto: Welho Duques
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