Professores e estudantes aproveitam período de greve para avaliarem a expensão da universidade |
Greve, para a maioria da população, é sinônimo de cruzar os braços, não trabalhar e até passear. Para um grupo de professores e estudantes da UFMT, Campus Universitário do Araguaia, a última greve que se estendeu de 24 de agosto a 12 de setembro, teve, porém outro significado. Foi a oportunidade da comunidade acadêmica realizar o I Fórum de Avaliação da UFMT – Araguaia, com o tema é “Qual Universidade queremos?”. O Fórum surgiu a partir de um anseio dos professores de ampliar o processo democrático do Campus. “Buscamos criar mecanismos para avaliar a expansão e debater os rumos da universidade em seu contexto sociocultural e político na região do Araguaia”, evidencia o professor de psicologia Maurício Guedes.
A partir dos trabalhos realizados em grupos, durante o Fórum, foi elaborada uma Carta- manifesto, publicada ao lado, com reivindicações da comunidade acadêmica. A carta foi entregue a reitora, ao pró-reitor, a representantes institucionais e distribuída a comunidade.
O final da greve, porém não representou suspensão das atividades. Pois, como reforça o professor de geografia, Magno Silvestri, o fórum tem caráter permanente. “O Fórum continua até que reivindicações sejam atendidas. As convocações para o Fórum serão periódicas e seguindo um cronograma de prioridades, de certa forma, delineado pela Carta-manifesto”, reforça o professor. Até o fechamento da edição do jornal a equipe organizadora do Fórum, aguardava posição da reitoria e pró-reitoria para agendamento de uma reunião para debate dos pontos da carta. “Identificamos a urgente instalação do Conselho do Campus Universitário do Araguaia, que foi a principal reivindicação do Fórum. Há casos que não podem esperar, por exemplo, a situação da Unidade Pontal do Araguaia”, reforça professor Maurício.
Fórum é um espaço de natureza democrática para o exercício do debate público, onde acontecem as discussões de interesse comum de uma determinada comunidade ou sociedade. A ideia do Fórum resgata uma experiência clássica de se reunir na praça pública, em assembleias para debater a vida na cidade ( a polis para os gregos e a civitas para os romanos). “O 1º Fórum da UFMT-Araguaia foi ( e é e será) um espaço para discutir a vida da comunidade universitária do Campus do Araguaia”, conclama o professor Magno.
Carta manifesto, elaborada durante o Fórum, foi entregue ao pró-reitor José Marques Pessoa |
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Texto: Patrícia Kolling
Texto: Patrícia Kolling
Fotos: Cassandra Mayara da Silva
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