25 de novembro de 2011

Reitora esteve no Campus Araguaia discutindo carta manifesto

Reitora, pró-reitor, representante de técnicos, estudantes e professores participam da reunião sobre a carta manifesto.

A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, esteve na segunda-feira, dia 03 de outubro, reunida com professores, estudantes e técnicos do Campus Universitário do Araguaia (CUA) em um diálogo sobre as reivindicações apresentadas na carta manifesto, elaborada pela comunidade acadêmica durante o 1º Fórum de Avaliação, realizado durante a greve docente.  A reitora reforçou durante toda a reunião, que o Campus Araguaia e a universidade, como um todo, estão em desenvolvimento e expansão, e que quando isso acontece é normal encontrarmos dificuldades.  Não podemos esperar ter todos os prédios, laboratórios e professores contratados, para fazermos a expansão que democratiza o ensino superior. Precisamos fazer e depois melhorar o processo. Neste sentido a carta é importante, pois além de política, é propositiva, disse ela.
A primeira reivindicação da carta é a criação de um Conselho do Campus, garantindo uma gestão participativa. A reitora apoiou a iniciativa de criação do Conselho, que auxiliará na administração do campus e na definição de projetos futuros. Entre as funções do Conselho estará a discussão do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais II (Reuni II), com a oferta de novos cursos a partir de 2014, e os rumos da unidade do Pontal do Araguaia.   “Essa discussão não será somente interna, mas com a participação da comunidade e lideranças regionais”, reforçou. Outros aspectos administrativos, como a existência ou não de departamentos, devem ser discutidos durante a criação do Regimento da Universidade e reformulação do seu estatuto, que estão em processo de elaboração.  Ela ressaltou a necessidade da comunidade acadêmica, aproveitar as instâncias democráticas que a instituição oferece, como colegiados, congregações e conselhos, que são espaços representativos de todas as categorias.
Quanto ao segundo item da carta, Maria Lúcia,  explicou que o cargo de pró-reitor será sempre de confiança da reitoria. “Este é um cargo político-administrativo, por isso precisa ser uma pessoa de minha total confiança. O campus pode me sugerir pessoas, mas a decisão final será minha”. Porém, ela deixou  evidente, que se a comunidade universitária local decidir que quer voltar a ter um diretor eleito, poderá reivindicar.
Com relação aos itens da carta referentes a implantação de uma assessoria de comunicação,  da Coordenação de Assistência e Beneficio ao Servidor  (CABES) e a realização de concurso para técnicos, a reitora explicou que enquanto a Universidade não conseguir  a reposição do seu quadro funcional, torna-se impossível atender a essas demandas.  A reitora justifica que a Universidade não pode criar novas vagas, sem a aprovação do Ministério da Educação e do Congresso Nacional.   Segundo ela as 187 vagas para professores, que foram autorizadas para os cursos do REUNI, devem ser liberadas em breve. Não há data definida, pois o processo está tramitando no Congresso Nacional
Outro ponto questionado foi a implantação do Restaurante Universitário, que segundo a reitora deve começar a ser construído em 2012. “Dos treze milhões que temos para investimentos no ano que vem, 4 milhões já estão reservados para a construção dos RUs de Barra e Sinop”, disse ela.  Enquanto o RU não fica pronto, está em processo de licitação a escolha de um restaurante, que irá oferecer refeições ao custo de um real para os estudantes.  Cobrada pelos estudantes, pela demora na efetivação desses processos, a reitora pediu paciência a todos, explicando que os processos licitatórios levam no mínimo 6 meses. Ela reforçou ainda que o transporte coletivo não é de responsabilidade da reitoria, mas que se necessário poderá estar colaborando numa ação conjunta junto aos órgãos competentes.
Ainda como reivindicações de estudantes, a reitora prometeu que irá criar um Fórum de Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) para que estes decidam sobre os melhores critérios e valores para as bolsas oferecidas no próximo ano.
Os estudantes e professores cobraram da reitora maior transparência e comunicação das ações que estão sendo desenvolvidas no Campus, para que todos possam saber o que está acontecendo e participem das decisões.

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Texto e foto: Patrícia Kolling

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