19 de agosto de 2013

FLOR DE LIS: ENTRE LIVROS E MÚSICA

Flor de Lis se apresenta no sarau da Semana do Calouro de 2013
     



















          Não é exagero dizer que as coisas aconteceram de maneira rápida na vida das integrantes da banda Flor de Lis. O trio, que toca MPB e samba, formado pelas irmãs Érika e Isadora Ribeiro, e pela amiga Luíza Borges, começou a se apresentar em barezinhos de Barra do Garças em fevereiro deste ano. Em maio já estavam participando do programa de TV “Sociedade em Questão” em Goiânia. Isso sem contar que na primeira apresentação da banda, já foram convidadas para conceder entrevista a mídia de Barra do Garças.
         As irmãs Érika e Isadora são naturais de Iporá - GO e sempre tiveram contato com a música, por terem uma mãe cantora. Elas conheceram Luíza, que é de Goiânia, na universidade. Elas estudam na UFMT, Campus Araguaia. Érika cursa direito e Luíza e Isadora, engenharia civil. Foi durante uma Semana do Calouro que Isadora soube que Luíza também tocava e cantava o mesmo estilo que ela e sua irmã, e logo ficou empolgada: “É muito difícil o pessoal da cidade tocar e cantar MPB e samba”, diz. Por serem de Goiás, logo as associam ao sertanejo e, no começo, quando viam uma mulher com violão na mão, pediam músicas de cantoras como Paula Fernandes. “Mas hoje já criamos um estilo que é reconhecido pelo público”, comentam. Durante uma conversa de bar, que a idéia de formar uma banda surgiu. Já o nome é uma referência a música de Djavan, Flor de Lis. As meninas contam que um dia estavam reunidas com amigos e tocaram a canção. Ficou combinado que se um dia fossem se apresentar como uma banda, esse seria o nome. O curioso é que esse foi o único dia em que a música deu certo. Já tentaram ajustar a canção de diversas maneiras, mas não conseguiram encontrar o tom apropriado.
          Além de Djavan, as integrantes da Flor de Lis admiram outros artistas da MPB como Marisa Monte, Maria Rita, Lenine e Chico Buarque e também cantores mais jovens. “Tem muita gente nova hoje, fazendo música boa.”, dizem. Mesmo com a empolgação natural do começo , as meninas tentam manter o pé no chão. Elas enxergam a música como um “passatempo que ficou sério”, mas têm consciência de que estão na cidade para estudar. Além disso, como consideram a música uma diversão, não sabem se seria a mesma coisa se fizessem por obrigação. Também dizem que, apesar da aparente correria entre a banda e um curso de graduação em período integral, elas conseguem conciliar bem as duas coisas. Até relembram grandes artistas que se dividiam entre duas atividades, como Vinícius de Moraes, que era diplomata e Tom Jobim, que era arquiteto.


         Algo que ficou perceptível durante a conversa com as meninas é que a música tem um grande significado para elas: “Eu tenho que tocar todo dia, tenho que ouvir música todo dia e toda hora”, afirma Érika. “A música é a hora em que a gente desliga do mundo real. É o que uniu a gente. Deus falou assim: vou por a Isadora e a Luíza na mesma sala e a Érika irá passar (na universidade) também”, diz Isadora.
A internet e as redes sociais são grandes aliadas da Flor de Lis. A página da banda no Facebook, criada por um amigo, tem mais de 500 seguidores e é usada para a divulgação dos seus vídeos e para informar sobre suas apresentações.

Texto: Gracielle Soares e Nahida Almeida
Foto: Arquivo

UNIVERSIDADE: EXPECTATIVA X REALIDADE

De lá para cá...


Jordana Scalia
Acadêmica do 7° semestre de Letras
O Campus de Barra do Garças da UFMT passou por várias mudanças, tanto no que diz respeito aos cursos quanto, principalmente sua estrutura física. No ano de 2010, quando iniciei o curso, não havia ruas asfaltadas, faltava iluminação, não havia biblioteca, poucos blocos construídos e pouca movimentação deixando várias pessoas a mercè de perigos por se situar em uma rodovia. Hoje, nos deparamos com uma grande estrutura que continua evoluindo para oferecer maior comodidade aos alunos, com a implantação do restaurante universitário e do ônibus para os alunos, biblioteca e laboratórios disponíveis, refletindo, assim, no desenvolvimento da nossa região.
O curso de Letras, o mais antigo da universidade, cresceu junto com as mudanças, enfrentou deficiência de profissionais na área, conseguindo superar estes problemas, e as novas turmas ganharam uma melhor estrutura para o aprendizado, evoluindo, assim, o crescimento pessoal dos alunos na sua formação. Mas, ainda há algumas pessoas que não entenderam a importância do professor de língua portuguesa, pois, dentro e fora da universidade, somos vítimas de preconceito e descaso quando falamos o curso que fazemos. Isso é uma vergonha, principalmente entre as pessoas que possuem - ou imaginamos que possuem - uma melhor visão de mundo.

Como fui criada na região, não me espantei muito com os problemas que existiam por ter acompanhado algumas das mudanças. Aqui encontrei outros jovens com o mesmo espírito de desbravamento e, hoje, ao refletirmos sobre as lembranças, podemos perceber quanta diferença houve nestes anos, ficando felizes por ver melhorias para o futuro de muito outros jovens. As expectativas para o futuro são de que a nossa universidade continue o seu desenvolvimento e que consiga inserir muito mais profissionais no mercado de trabalho.

Acreditar no futuro

Iury Machado Leite
Acadêmico do 1° semestre de Jornalismo
A partir do momento em que fui selecionado por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para o curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo da UFMT, Campus do Araguaia, me preocupei em pesquisar sobre a universidade, o curso e suas respectivas estruturas. Pesquisei também a cidade de Barra do Garças, já que sequer conhecia o estado de Mato Grosso.
Desse modo, descobri que o campus é novo e que possui muitos projetos de expansão. Me mudei pra cá acreditando nessa expansão e que eu poderia contribuir com as mudanças. Iniciei as aulas e logo descobri, em conversas com meus veteranos, que cheguei em um momento que as coisas na universidade estão mais fáceis, como por exemplo, poder almoçar e jantar no campus pagando R$ 1,00 pela refeição. Percebi também que para se conseguir algo na universidade, como o ônibus que transporta os alunos gratuitamente, no nosso caso - o Pequizão, é necessário muita luta.
Descobri também que o ônibus e o próprio RU, se tornaram os únicos lugares onde pessoas de todos os cursos têm a oportunidade de interagir, pois a universidade realiza poucos eventos. Além disso, a disposição física dos blocos, que não possuem espaços de uso comum, não favorece essa interação.
Apesar de todas as condições, acredito que a universidade possui características muito específicas, que é a presença das serras bem próximas e o espírito dos seus alunos, que vêm de muito longe para estudar, que acreditam no futuro dessa universidade e nas melhorias que estão por vir.


EDITORIAL

Não dá para ignorar

Enfim, chegamos a quarta edição do jornal InfoCampus. Ufa! Cada edição produzida tem um gostinho diferente, são novos desafios e dificuldades a serem transpostos. Poder trazer esta edição até você, com notícias que acreditamos serem pertinentes a todos nós, inseridas no ambiente acadêmico, é um processo prazeroso e enriquecedor.
Uma das principais matérias desse jornal, traz à tona uma discussão atual: o meio ambiente, mostrando preocupação com a reutilização e o destino correto de restos orgânicos e sólidos: o lixo do RU do nosso campus. Quase todos os dias, almoçamos e jantamos, sem ao menos pensar para onde o resto de tudo o que consumimos vai. Não basta, somente, jogarmos o resto de comida ou material plástico nos locais adequados. Precisamos saber se o destino do lixo do RU é apropriado. Qual seria a melhor forma de descartar esse lixo, tendo em vista a questão ambiental? São estas respostas que o InfoCampus buscou encontrar.
É preciso refletir que em pleno 2013 ainda há muitas ações humanas deteriorando pouco a pouco o planeta, e que todos nós estamos contribuindo para isso. Seja uma empresa, que produz toneladas de lixo e descarta-o de maneira indevida, ou você, que acaba alongando seu tempo debaixo do chuveiro, para cantarolar sua música predileta ou que joga copos plásticos e papéis nas ruas. Diante dessas ações fica evidente que todos nós temos uma parcela de culpa nos problemas ambientais. E até quando vamos continuar depredando nosso planeta, e acreditando que aquele saco plástico jogado no chão em nada afetará a natureza?
Não poderíamos deixar de abordar neste editorial o fato de que o Brasil acordou de um imenso período de coma. Seria por causa de R$ 0,20? Há quem acredite que sim, mas não, não é apenas isso. Os míseros R$ 0,20 foram apenas o estopim de um povo que há décadas vem sendo marginalizado pelo seu Estado, de um povo que não é prioridade, de um povo que fica sem educação, saúde e trabalho. Manifestações ocorreram em várias cidades brasileiras no momento em que o país recebeu a Copa das Confederações e se encontra prestes a receber uma Copa do Mundo e as Olimpíadas, eventos que exigem altos investimentos. Há quanto tempo não víamos uma mobilização tão grande em âmbito nacional? Sinal de que a população não está satisfeita com a situação do país. As reclamações deixaram os sofás e as redes sociais e tomaram as ruas. Agora não tem como ignorar.
Como estudantes e em nosso exercício na produção de um jornal laboratório, não podemos fugir da reflexão sobre o papel da imprensa no contexto das manifestações. Especialmente no que cabe a grande mídia, aquela que chega a casa e aos ouvidos e mentes da maioria dos brasileiros. A responsabilidade em cobrir grandes acontecimentos, como esses, é o de não privilegiar excessivamente um aspecto, é dar voz e vez a todos.

Equipe Jornal Infocampus

Charge

E a fila do RU? ...



Curtíssimas...

Coletivo Cores

Foi fundado no dia 20 de abril de 2013, no Campus Universitário do Araguaia o “Coletivo Cores”. Formado por jovens universitários de diferentes cursos, o grupo se propõe a tratar, dentro do ambiente acadêmico, os direitos da classe LGBTTTS (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes), através de ações informativas, educativas e conscientização da sociedade, visando a tolerância e o respeito às diferenças. O grupo organiza encontros a cada quinze dias, sendo as datas divulgadas através de redes sociais.


II Simpósio de Jornalismo e Direito do Araguaia


De 27 a 30 de agosto acontece no CUA a segunda edição do Simpósio de Jornalismo e Direito do Araguaia. A realização do evento fica a cargo dos professores e centros acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Direito, fortalecendo a parceria entre os cursos do ICHS (Instituto de Ciências Humanas e Sociais). Este ano o tema do evento será “O papel da mídia e do judiciário na construção da justiça ambiental”. O evento contará com diversas mesas redondas, minicursos, grupos de trabalhos e palestras nas duas áreas de conhecimento.